segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Carnaval - Rev. Adiel Ferreira

É só carne
É festa do momo
É fantasia
É engano
Onde o profano se solta,
O mundo em re/vira/volta
E os valores se perdem...
Batuque, batucada,
Bebida e cachaçada,
A moral é saqueada.
Alma carnavalhada...
O moço embebeda no bloco
A moça se perde na esquina
A família se desafina
No bolso explode a turbina
Decretando muitas falências.
Cara coberta
Corpo desnudo
O vale tudo do carnaval
Já fez do homem um imoral...
Pula, pula carnavalesco.
Nesse tom animalesco
Explode o seu pecado
Com a cara incapusada
Uma vida desalmada
Alegria desvairada
Engana a sua tristeza...

No bloco, o rei dos diabos,
A baiana da magia,
O Clovis, carrasco, alecrim.
Pierrô e a colombina
Em nome do lindo folclore
Faz da festa a idolatria.
Pula, pula minha gente
Engana o coração
Na quarta feira de cinzas
Faça a sua apuração,
No bolso um tremendo vazio
Foi tudo desilusão...
E o carnaval acabou...

Que fracasso de alegria,
Resultou em nostalgia,
No final do último dia
De nada a vida valia,
Trouxe uma grande agonia,
Meu carnaval, minha urgia.
De fato só cinzas deixou...
Minha alegria acabou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário