terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Aos Amigos" Rev. Adiel Ferreira

Uma temporada...
Chegamos aqui; alguns tímidos na entrada.
Parecia um princípio de expectativas estranhas...
Um sorriso pálido...
Um olhar apressado... e medroso
Uma tentativa de ver, escondendo a aparente admiração
Ele me deu um sorriso
Depois um aperto de mão...
Mesmo sem conhecê-lo eu apostei na esperança, e disse:
Muito prazer...
Daí, para o prazer do abraço – sem delongas!
Aprendi que se fala “muito prazer”, apostando na possível lealdade.
Por tempo, penso que essa declaração e encharcada de hipocrisia, demagogia...
Mas também classifico como uma ansiosa busca de amigos...
Como se fosse o “flash do otimismo”
E deu certo...
Às vezes os corações se abrem...
Agente entra e faz morada.
Agente acolhe e vira camarada.
Agente empresta ombros
Agente dá risadas...
Agente até conta segredos em nome da amizade...
Agente até sente saudades, e chora amargamente...
Puxa !
Saudades... Dor doida que dá no coração da gente...
Amigos... Um arraial de amigos...
Uma escola que se fez casa...
E agora???
Como enfrentar mais essa...
Na escola agente aprendeu somar, multiplicar, dividir e subtrair.
Somei um tanto de corações dentro do meu peito.
Multipliquei afetos tantos...
Dividi tristezas e alegrias...
Subtrai a amargura de ser só...
E agora?
Meus amigos são amigos que jamais poderão virar inequação...
Vou levá-los dentro do meu coração!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Livro: PROCISSÃO DE SOMBRAS - Papai Noel - de Jansen Filho

Livro: PROCISSÃO DE SOMBRAS
PAPAI NOEL

Por que, Papai Noel, no seu gesto sensato,
Você sempre esqueceu o meu pobre sapato,
Meu sapato marrom que o tempo desmanchou?
Foi você quem me fez triste e desiludido,
Porque, nos meus natais de menino esquecido,
Esperei tanto tempo e você não chegou!...

Você foi muito bom para as trêfegas crianças,
Só não foi para mim que vivi de esperanças,
Desejando abraçá-lo e você não chegava.

Neste último Natal, preso à bondade sua,
Você com seu fardel andou de rua em rua...
Porém não quis passar no bairro onde eu morava
Recordo-me de tudo: o meu bairro tristonho
Cobria-se de paz, vestia-se de sonho,
Para a celebração da missa universal!
E esperei por você desesperadamente!
E você não me quis trazer um só presente,
Fazendo cada vez mais triste o meu Natal!

Os meninos na rua, exibindo presentes,
Cada qual mais feliz, aguardavam contentes,
A festa matinal, quando o galo cantasse!...
Assistindo ao ferver de tantas ironias,
Cruzava as minhas mãos geladas e vazias
E pedia a JESUS que o Natal não chegasse!

Depois ia dormir magoado e insatisfeito,
Acordava, pensando encontrar no meu leito,
Um soldado de chumbo, um revólver de pau...
Mas era tudo em vão...A mágoa continuava!
Despertava a chorar e a chorar esperava,
Sem jamais perceber que você fosse mau!

Como é triste esperar e viver na incerteza!
Nunca tive um Natal de esplendor e beleza,
Porque, sobre o colchão do meu berço de cobre,
Sonhava com você e você não trazia
Um retalho de luz à minha choça fria!
Um pouco de prazer ao meu Natal de pobre!

Esperei-o demais e perdi-me na espera!...
E quando o desengano encheu minha tapera,
Eu chorei de desgosto e revolta também...
Lembrando a malvadez dos seus ínfimos atos,
No fundo de um caixão joguei os meus sapatos
E resolvi de vez não mais lhe querer bem!...

Fui crescendo e sentindo as mutações da vida!
Hoje, vendo passar a quadra colorida,
Salpicada de azul e plangências de sinos,
É que vejo que estou distante do passado
E já certo de que, no meu bairro encantado,
Você só existiu para os outros meninos...

Dissipou-se, de todo, a bruma dos segredos...
Hoje, sei que você nunca trouxe brinquedos,
Nem jamais possuiu cabelos de algodão,
Nem sandálias de lã e nem barbas de prata...
Mas quisera voltar àquela infância ingrata,
Porque nada é melhor que viver na ilusão!

Foi você quem me trouxe a primeira esperança,
No florido jardim dos meus dias de criança,
Quando a vida sorria, à flor do meu destino!
Mas, depois de esperar por você tantos anos,
Cobriu-se o meu viver de tédio e desenganos
E passei a sofrer meu drama de menino!

Mesmo assim ao saber que você não existe,
Eu não posso ficar sorumbático e triste,
Nem devo blasfemar! Você sabe por quê?
Porque sonho volver àquela doce idade,
Viver no mesmo bairro, à luz da soledade.
Esperando o NATAL, e pensando em você!...

Vale Vale ??? - Rev. Adiel Ferreira

Vale a pena ter a vale?
O povo fala que vale.
Se a vale vale o que vale,
Vale dizer pra vale
Que nada o povo vale.
Desvalido é esse povo,
A serra ficou pelada
Rio doce é água amarga
De nada vale a poesia
Que sabe ver a agonia
De um povo que não tem no dia
O pão nobre que mata a fome
Nada vale o povo da fila
Uma fila de miséria
É povo longe da vila.
A Vila fez carnaval
O trem de ferro é um mal
Leva a nossa riqueza
E traz pra cá a pobreza
De que vale ter a vale?

“Introspecção” (Salmo 103) - rev. Adiel Ferreira

No divã existencial do ser profundo,
Convidei minha alma para lhe falar,
O que brotou de um coração sensível,
O louvor que me veio renovar.
Bendize ó minha alma ao Senhor,
E o meu ser inteiramente dê louvor,
Não esquecendo jamais dos benefícios,
Que provém do Seu supremo amor.
O Senhor assiste a minha vida,
É ele quem perdoa as iniqüidades,
Sua mão poderosa sobre mim repousa,
Sarando-me todas as enfermidades.
Vitória eternal me garantiu,
Redimindo minha vida lá na cruz,
Este é o louvor que renova o meu viver,
Viver a vida, louvando ao meu Jesus.
Saiba minha alma que o Senhor me fez
De misericórdia a minha vida coroou.
Sua graça, (o favor que não mereço),
É a prova do seu infindo amor.
De bem minha vida fartará,
Quando a velhice vier me ocorrer
Como a águia, a mocidade renovar.
Este é o Senhor que cuida do meu ser.
O Senhor faz justiça sobre os povos,
Aos oprimidos julga com amor,
Aos filhos de Israel, seu braço forte,
A Moisés, seus caminhos, lhe mostrou.
Longânimo, compassivo e assaz benigno,
Misericordioso é o meu Senhor.
Não conserva a sua ira para sempre,
Ele corrige seus filhos em amor.
Não me trata segundo o que sou,
As iniqüidades me levariam á morte,
Jesus perdoando os meus pecados,
Mudou inteiramente a minha sorte.
O céu acima da terra se alteia
Aos que o temem, suas misericórdias não tem fim,
Quanto dista o oriente do ocidente,
A transgressão afastará de mim.
Temer a Deus, conhecer o Seu amor,
Tal como um Pai do filho compadece,
Que somos pó, vidas limitadas,
O nosso ser inteiramente ele conhece.
Tal como a relva é nossa vida hoje,
Como a flor no campo que floresce,
Viceja, embeleza o jardim dos nossos dias.
O vento forte vindo, ela fenece.
Mas a misericórdia do Senhor não terá fim,
De eternidade a eternidade existirá
A justiça do Deus aos que o temem,
Sobre os filhos dos filhos repousará.
Esta promessa oriunda do Senhor,
Destina-se aos que guardam a sua aliança,
Vivendo o louvor que os renovam,
Seus preceitos, mantendo-os na lembrança.
No céu está o trono do meu Deus,
Onde reina com grandioso amor,
O seu reino domina sobre tudo,
É a razão que renova o meu louvor.
Bendizei ao Senhor todos os seus anjos,
Valorosos em caráter e poder,
Que executam as ordens do bom Deus,
Suas palavras querem obedecer...
Por toda a terra, os exércitos do Senhor,
Seus ministros atendem sua vontade,
Viver em Cristo e para o seu louvor,
Reconhecer e fluir sua bondade.
Todas as obras do Senhor vêm bendizer,
Glorificar seu nome com grande ardor,
E os lugares que abrange o seu domínio,
Bendize a minha alma ao Senhor!

Carnaval - Rev. Adiel Ferreira

É só carne
É festa do momo
É fantasia
É engano
Onde o profano se solta,
O mundo em re/vira/volta
E os valores se perdem...
Batuque, batucada,
Bebida e cachaçada,
A moral é saqueada.
Alma carnavalhada...
O moço embebeda no bloco
A moça se perde na esquina
A família se desafina
No bolso explode a turbina
Decretando muitas falências.
Cara coberta
Corpo desnudo
O vale tudo do carnaval
Já fez do homem um imoral...
Pula, pula carnavalesco.
Nesse tom animalesco
Explode o seu pecado
Com a cara incapusada
Uma vida desalmada
Alegria desvairada
Engana a sua tristeza...

No bloco, o rei dos diabos,
A baiana da magia,
O Clovis, carrasco, alecrim.
Pierrô e a colombina
Em nome do lindo folclore
Faz da festa a idolatria.
Pula, pula minha gente
Engana o coração
Na quarta feira de cinzas
Faça a sua apuração,
No bolso um tremendo vazio
Foi tudo desilusão...
E o carnaval acabou...

Que fracasso de alegria,
Resultou em nostalgia,
No final do último dia
De nada a vida valia,
Trouxe uma grande agonia,
Meu carnaval, minha urgia.
De fato só cinzas deixou...
Minha alegria acabou...

É natal - Rev. Adiel Ferreira

É Natal!
Natal dos sonhos envelhecidos, de corações embrutecidos.
De guerras ousadas contra a paz...
É Natal! Natal de riquezas removidas
De pedaços de gentes já banidas
De saudades da ceia, comunhão dos que foram natais no coração.
E hoje de nós distante estão...
Natal sem volta... Que revolta!
É natal!
Hipocrisia, nostalgia, fantasia,
Embutiu no coração o susto
A força do consumo e o insumo que sumiu.
A máquina que constrói o amor
Parece que alguém a enterrou...
E a caridade faliu...
Se foi de vez!
É natal... São natais...
Natal da raça que enlata sonhos,
E não acordarão jamais...
Utópico natal de imaginárias festas,
De barriga com fome, de gente sem nome...
Natal sem mesa...
E natal com lenço...
De alguém que a pouco pintou um natal sem tê-lo igual.
De sinos mudos... De corpos desnudos...
Fatal natal é só um mal...
É natal...
São natais...
Natal da nata que empata o ouro,
Que ajunta os touros,
Fazem-se pastores da própria manada.
De gente insone que preserva o nome.
A mesa posta e o coração alheio.
Natal sem história de alguém que jamais
Pintou na memória os natais reais.
Natal sem o céu...
Tem papai Noel o bonachão enganador
De sinos loucos e corações vazios de amor.
Fatal natal é só um mal.
É natal!
Não são natais...
Natal é viver a festa, de forma modesta.
Como nasceu o amor...
Brotou o favor que ninguém merece.
De gente que Deus amou, e aos tais, tornou-se Rei e Senhor.
Maravilhou o mundo inteiro.
Fez-se excelso conselheiro
É Deus forte, até contra a morte,
Da eternidade, paternidade...
É solução; e nada mais...
Para que o mundo conheça a paz.
Só um natal...
Papai do céu, Emanuel,
(Deus conosco) - Isso é natal.

Aos quinze anos - Rev. Adiel Ferreira

Na flor da mocidade,
No despertar da vida,
De hoje tanto esperado aconteceu.
Aqui, é o marco dos meus sonhos cintilantes,
Multicoloridos, de esperanças tantas...
Aconteceu que despertei,
Acordei do sono de criança;
Cresci...
Agora, só sonho acordado os ideais traçados para a vida.
Tentar fazer outro jardim pra mim,
Com flores aromáticas e belas,
Mas hoje estou pronta e sou gente pra não temer espinhos.
Emancipar-me; jamais será meu forte,
Quero honrar minha mãe até a morte,
Dar meu sorriso e muitas alegrias,
Vê-la feliz é o meu ideal,
Abraçá-la, ser sempre sua amiga.
Viver com ela,
Sofrer com ela,
Sorrir com ela.
Restituir a quem me deu a vida.
Agradecer a Deus pelos meus quinze anos.

Propósito - rev. Adiel Ferreira

Tal qual uma rosa, é o meu viver hoje.
Bela, formosa e aromática.
A beleza que me envolve, chama-se vida.
A vida que eu tenho, chama-se esperança.
Meus quinze anos...
Sonhos coloridos...
Menina moça que encanta o mundo
A chama do amor que é tão profundo,
Envolve o coração, me faz viver.
Viver no mundo, mundo fantasia.
Lançar fora todas as bonecas.
Que alegrias trouxeram-me um dia.
Ser a boneca bela destes anos
Esquecer todos os desenganos
E nadar no mundo da alegria
Meus quinze anos, sonhos de outrora.
E Deus o fez realidade.
Que a minha vida seja dedicada,
Ao meu Senhor de graça e de bondade
Fazer brotar meu mundo de esperança,
Em suas mãos ser eterna criança
Poder fruir a sua atenção.
Viver a vida em plena gratidão.
Ser vida, viver, servir a Deus...

“Crises...” rev. Adiel Ferreira

Ela bateu à minha porta
Como andarilho vagueava pelo mundo à fora,
Fora hóspede e intrusa em outras portas.
Seu nome é traição que desafora...
Ela bateu em minha porta,
Alojou-se por tempo em meus caminhos,
Trouxe uma mala de desilusões amargas
E baniu de vez os meus carinhos.
Ela bateu á minha porta
Meu coração se viu ferreteado
Minh’alma profundamente angustiada
Vida humilhada e traída
Desgraçadamente sofrida...
Ela bateu à minha porta
Dilacerou meu coração
Que lanceado, esfacelado,
Como se um cupido cúpido
Viesse como o deus do mal
E fizesse o seu estrago infernal.
Rachou a aliança
A relação foi acuada,
Os quilates do amor apodreceram,
Os sonhos de outrora se perderam,
Fizeram-se todos pesadelos...
E agora? É só assinar a carta de divórcio?
Ou ver que é indelével o casamento,
E dar a causa a quem de fato
Tem a supremacia da justiça
Com dosagem de amor inesgotável,
Pode mudar os rumos dessa história
E renovar no peito a alegria...
Pondera...
Ouve de Deus a voz amiga,
Ele é capaz de dissipar as trevas
E emendar o coração dilacerado,
Fazer do odioso, o mais amado.
Embalar o coração dos dois...
Ele bateu à porta trazendo harmonia,
Restaurando o casamento com o “grude do amor perfeito”.
[Ela bateu à porta, com chegada passageira, tão somente...]
Ele entrou na casa, não se fez hóspede,
Ali ficou... Consolidou o amor, no Seu amor...
Mais um milagre efetuou.
Ele,
Deus está na casa... Casa/mento...

“Canto de Paz” rev. Adiel Ferreira

O canto que eu canto hoje,
É canto que encanta a terra,
É canto que apaga a guerra,
É canto que propaga a paz.

O canto que eu canto hoje,
Transforma o panorama,
Eleva a vida humana,
Atinge o coração...

O canto que eu canto é vida,
É verdade que encerra,
É caminhada feliz,
Que conduz sempre a vitória.

É canto, sabor de perdão,
Que faz esquecer o passado,
Que tendo Jesus na vida,
Tenho uma nova canção.

Que Jesus veio ao mundo,
Para trazer redenção,
E colocar nos meus lábios
Esta perfeita canção...

“Cora, coração sem Deus”. rev. Adiel Ferreira

Cora de vergonha, cora.
Cora, linda cidadela.
Ponha os joelhos nas pedras
Reflita com atenção
Toda a vossa devoção...

A força do fogo é aquém
Fogaréu, cara coberta,
Um povo que não se alerta,
Que a força está só em Deus.

A água desce com força
Mistura com terra, é lama.
Qualquer coração inflama
Mais forte que o fogo seu.
Derruba paredes e artes,
Enxurrada que suja a história,
E a fé de tantos deflora
E o povo não implora a Deus,
Que venha solucionar
Todos os problemas seus.

Da humanidade patrimônio
Assustado e bem medonho
Eu vejo que a natureza
Derruba toda beleza
E o pedestal da cultura
Se não cultuarmos a Deus.
Povo de fé e magia,
Superstição, idolatria,
Na força da ironia
Do ano, o primeiro dia
O acidente acontecia
E o povo aos pés de Maria
Chorava sem ver a Deus.


É Deus quem comanda a terra
E o seu domínio encerra
Que Ele é o Senhor do mundo
Quem salva o moribundo
E controla toda gente
E o indigente que aflora
Aprenda que a Deus se implora
Em favor de nossa terra.
Na cidade, um remanescente.
Temendo somente a Deus
Dobrando os joelhos seus
Numa plena devoção
Volta os olhos para os céus
Abre o peito em oração
Roga ao verdadeiro Deus
O amor por essa gente
Que se diz tão penitente;
Mas desconhece o bom Deus.

Salva este povo, Deus de amor.
Faz-nos vida ao teu louvor
Com coragem e ousadia
Que teus servos em todos os dias
Anunciem a salvação
E só assim; desse jeito...
O povo terá teu perdão
E a tua redenção.

“In/consciência” - rev. Adiel Ferreira

Olá seu moço...
Levanta desta cama,
Desvista deste seu pijama,
e corra para a margem
do nosso Rio Vermelho.
Que chora lágrimas de sangue.
Goiás...
Todo o seu orgulho
Tão rápido virou entulho
Fumaça e escombros
Restos de sonhos
Levados pelas águas brutas...
Varrendo a vaidade
Das figuras impolutas...
Misturando a arte e beleza
Sujando tudo com a negra lama...
Lama também dentro da cuca
De gente enlouquecida,
Insensível, maluca e bruta,
Que traz sobre o Prefeito toda a culpa,
Nomeando-o “Salvador da Pátria”
Achando que só ele tem que dar jeito...
E nada, nada, nada, ele tem feito...
Cidade histórica, antiga e forte.
Jamais poderia temer a morte
Adulta, porém, na fé [má/dura].
E a dura sina de seus encantos
Rodeados pela fé, envolta.
Rola sua vida bela pelos cantos
Na força das águas do Rio Vermelho
E a minha face fica corada de vergonha...
E os teus deuses, teus ídolos,
Tuas musas inspiradas,
A nobreza da fé avantajada em teus altares,
Que faziam no momento da enxurrada?
Até os teus sinos silenciaram...
Tuas preces acorrentadas na garganta...
Como o teu povo preso doutro lado...
Impotente, de fé desvanecida,
Não mirava nada, além das torres altas,
Dos templos suntuosos; gente inibida...
E a água suja banhando a vossa fé...

Acordemos todos nós...,
Saibamos que só Deus pode dar jeito
Ele é ímpar, é Deus vivo e Soberano.
Justo, longânimo, compassivo; é Deus perfeito,
Muda o coração do vil tirano.
Subamos todos ante o seu santo e glorioso trono.
E clamemos pela real restauração...
E Deus fará de fato uma Vila BoaTrará de volta a linda Cidade de Goiás...

Vida Solidão - Rev. Adiel Ferreira

Sombra.
Porque te permaneces muda desse jeito?
Não vês que ofegante enlouqueço
Tendo como companheira
Apenas a solidão?

Sombra.
Pareces-te tão amiga
E se comigo vais...
Quebre esse silêncio
Fale ao meu peito sobre paz...

A sombra da roseira do jardim
Dança lá fora, embalada pelo vento.
Mas também não canta nada
Emudecida e sem perfume se balança...
Talvez sua alegria seja tão somente
Movida pelo aroma de uma rosa.

Nada tu falas sobre meu funesto viver,
Emudecida vês o meu sofrer
Lenço nos olhos, pranto em minh’alma.
Lágrimas que rolam pelas rugas do meu ser
E tu insensível, bruta, malvada e cruel...
Nem te tocas que o melhor seria
Se ausentasses de mim, tão logo,
E de mãos dadas trouxesses o meu amor.
Matando de vez essa minha dor...
Cujo nome é solidão.
Vida de saudade...

Fidelidade à três - (rev. Adiel Ferreira)

“Fidelidade à três”
=Rev. Adiel Ferreira=
Calma amiga inspiração,
Permita-me um pouco mais da quente cama,
Não te vás embora agora...
O chuvisco da noite fria
Embala a minha preguiça, e,
Molhar-te-á lá fora.

A musa também dorme ao meu lado
Um sono calmo, num semblante de flor,
Que não envelhece, nem fenece...
Ela é a expressão viva
Da tua presença amiga.
É o meu único amor.

Fique comigo inspiração...
Pela manhã, com o papel e a pena na mão,
Faremos um tratado de eterno amor...
Tu inculcarás em mim a sabedoria,
Juntarás as letras em poesia
E embalarás o amor no meu coração...

Gastei-me tanto em convencê-la a ficar
Que o sono se foi, e de súbito; eu nem vi...
Atravessou a Campinas,
Enfrentando a brisa fria
Numa correria só.

A musa despertou-se também do seu leve sono.
Acendeu o abajur com a luz opaca...
Os seus olhos incandescentes me enfocaram.
A sua face brilhosa e linda
Pediu-me sem palavra alguma, um beijo...
E o êxtase do nosso encontro aconteceu.

O sono da minha musa foi encontrar o meu na praça...
E namorar por lá...
Pode ficar conosco, inspiração...
Este quarto de íntimo amor,
Não caberá ninguém
De nós três além...

Agora, nem os nossos sonos.
São bem-vindos...
Apenas os sonhos meus...
E ficaremos sós...
A noite agora é muito boa!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Discurso do meu Coração Sincero.

Discurso do meu Coração Sincero.
Rev. Adiel Ferreira

Somos apenas sementes...
Embriões na essência do saber...
A caminho da vida, da sorte, das bênçãos...
Sementes que germinarão sucessos, vitórias...
Um começo de tudo, um Alfa, uma sonho
Um pedestal bem forte...
Um alicerce rijo...
Uma base sólida...
Uma vida à frente...
Não temeremos espinhos...
Não alcançaremos o Ômega.
Ele correrá, fugirá de nós, impossível chegarmos ao fim...
A estrada do saber, não tem fim...
Não é ponto, não é reta, é meta sem fim...
Certamente sofreremos, se ostentarmos mestres de outrora, com valores dos vigentes.
Simplismo será comparar os mestres do futuro com estes que marcaram nossos primeiros passos com compassos do saber.
A nossa primeira escola, um mundo multicolorido de sonhos eternos e duradouros.
Meus passos nos corredores, como no arrebol, entre flores perfumadas, desfiles das borboletas e sinfonia dos pássaros.
Os afagos de corações sinceros de gente que se deu por nós.
As mãos amigas dos professores que de maneira mágica vasculhavam o âmago da inteligência e transportavam a nós muito do saber, sem nada perder, sem nada esgotar, sem nada cobrar, sem nada cobiçar.
Um aglomerado de gente; parece que romperam os céus, vindo até nós como anjos com trombetas ecoando a mais linda sinfonia da comunicação dos valores para a vida toda.
Uma letra aqui, um verbo ali, construção de textos, teorias, argumentos tantos, ciências, consciências, reformulação de caráter, caracteres, números, frações, equações, teoremas, medidas metidas no espaço; geografia dos rios sujos, do espaço sideral cheio de fumaça que desgraça a vida.
Vida fundida com teorias e práticas.
Reações impraticáveis praticadas contra a vida, contra a sorte, pela morte.
Arvores tombando, toco em cinzas, fogo, fumaça; vidas queimadas...
Uma volta ao tempo, história, contos meigos e assombrosos, um pouco de cada. Guerras, conflitos, atritos, bandeiras, besteiras, ideais, tronos e senzalas, um tanto de alas, apogeu e plebe ignara
Os poetas dos tempos afloram meu senso e me fazem poetas de mim mesma ... e me aplaudo.

Neste dia memorável aqui estamos...
Um misto amargurante...
Eu te conheci, - que sorte !!!
A vida me deu você por amiga, Escola.
Eu vou embora, caminhante pelo mundo afora, levando toneladas de saudades.
Meu coração virou moldura de quadro de arte.
Vou seguindo a vida levando você...
Mas tenho que ir...
Você quis assim...
Fique aí com este dom de fazer gente sábia e forte...
Nós iremos levando pela vida afora uma tonelada de saudades, e mais, tudo quanto aqui recebemos.