sábado, 11 de abril de 2009

CANSANÇÃO E OS MORCEGOS

Quando escrevo sobre cansanção não me refiro ao município brasileiro situado no estado da Bahia cuja população é de 33.008 habitantes.
Falo daqueles vegetais de efeito urticantes, espinhosos, tão presentes como praga em nossa flora.
Cansanção está para os morcegos assim como os morcegos estão para a Maria Batista (nossa zeladora), quanto as suas inconveniências.
Pois bem: Alguns morcegos alojaram-se numa das salas interiores de nosso templo produzindo uma sujeira orgânica e um mau cheiro insuportável.
A cultura popular nos informou que morcegos são banidos ante a presença do cansanção; basta pendurar alguns galhos no recinto que os morcegos batem em retirada. Aflorou assim a nossa esperança em expulsar estes intrusos. Dito e feito! Joel e eu, fomos ao campo, munidos de uma boa ferramenta, entramos mato à dentro e nos demos à colheita. Andei me espetando mais cumpri o mister desta tentativa. Outro amigo tem uma grande escada e disposição para nos ajudar; ele subiu e amarrou os galhos espinhosos nos caibros da sala imunda. Fantástico foi o resultado! Os morcegos sumiram, não sei qual o destino de seus outros pousos, mas não nos interessa, foi dada a ordem de despejo.
Espinhos...
Faz-me lembrar coroa maldita sobre a cabeça do Bendito.
Quando Jesus leva sobre si os nossos pecados, enfermidades e dores fazem-se retratados na coroa de espinhos.
Os espinhos são também inconvenientes.
Neste tratado da ação redentiva os espinhos (pecados) que nos eram peculiares, Jesus os tomou sobre si para a nossa libertação e vida.
Os espinhos colocados sobre [...] foi o suficiente para denotar o espanto por completo da sujeira que nos fustigava.
A minha analogia se dá neste tom:
O Cansanção equivale à coroa de espinhos.
A escada; a cruz.
Por cima, nos caibros; a soberania do alto no poder libertador.
A saída dos morcegos representa o ato da libertação.
A pergunta que nos leva a reflexão coerente é:
Como lidamos com os espinhos?
Como (vulgarizam); somos coro grosso?
Não nos afligem mais? Acostumamos com o pecado?
A ordem bíblica contida em Romanos 6: 12 e 13 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.”
Pois bem, uma tentativa de se fazer notório em nossas vidas uma aplicação plausível das palavras apostólicas de Paulo aos Romanos 6: 22 e 23 – “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Agora, nem morcegos, nem cansanção...
Agora, só graça!
Amém!